domingo, 24 de agosto de 2014

50 Anos!

"Quando se vê já são seis horas. Quando se vê já é sexta-feira. Quando se vê já é Natal. Quando se vê já terminou o ano. Quando se vê não sabemos por onde andam nossos amigos. Quando se vê já se passaram cinquenta anos..." (Mário Quintana)
Aos 50 anos tudo é diferente. A vida tem outros sabores, cores e texturas. Já não se tem algumas inseguranças. Pode-se até ser um pouco criança com menos risco de ser ridículo. Hoje, cinquentão, ainda pode ser um menino atrevido, faceiro. Brincar na rua com os filhos, buscar a lua, contar estrelas, falar besteiras, mergulhar no mar dos seus desejos. Ter seus momentos de solidão apesar de ter criado laços de grandes e duradouras amizades. Se equilibrar na corda bamba e encarar desafios. Fazer exercícios – flexões, mas preferir exercitar a mente - reflexões. Apreciar um bom vinho tinto, com a mulher amada. Sonhar com o amanhã. Gostar de um vento bem humorado, acariciando seu rosto e do cheiro das manhãs. Ter poucas vaidades, algumas manhas e saudades. Sonhar acordado. Apreciar o mar. Amar o abraço apertado dos filhos. Sentir-se como um pássaro, voando em um mundo colorido de possibilidades...
Parabéns Jocemar! Aproveite o seu dia! Seja feliz, sempre!


sábado, 23 de agosto de 2014

Gleichgewicht in der Welt!

O Criador povoou este planeta com diferentes raças para que houvesse equilíbrio no mundo. Preservar a identidade étnica e cultural não significa desrespeitar outras etnias e raças. A construção do ser humano perpassa diversas dimensões, entre elas a escola, que no meu entender é parte fundamental na vida dos indivíduos. Será que o modelo de escola da Alemanha é o ideal para receber pessoas de todas as idades, raças, religiões, memórias, saberes e origens, sem privilegiar padrões culturais? Um lugar capaz de acolher a todos com equidade, como mostra esta belíssima foto? Seria outro belo exemplo da Alemanha? Com a palavra a Juliana, Sven e meus amados netos...


Einschulung! Primeiro dia de aula da Luana!










sábado, 2 de agosto de 2014

Para o Vovô Zeca!

"Sessenta anos, sessenta e cinco... Não importa, você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem as suas alegrias, as suas compensações - todos dizem isso embora você, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto - mas acredita. Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores nem de paixões: a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles adultos com problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres - não são mais aqueles que você recorda. E então, um belo dia, alguém lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis - nisso é que está a maravilha. Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é "devolvido". E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância"... Rachel de Queiróz

... e diga-se com todas as letras você o faz brilhantemente, você o ama extravagantemente... e pode acreditar, também, que todos os prazeres da vida não estarão acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, ou mesmo andar de Kombi numa manhã de sol...