“As manhãs têm uma beleza única, que lhes é própria. Mas o
crepúsculo tem outro tipo de beleza. A beleza do crepúsculo é tranquila,
silenciosa – talvez solitária. No crepúsculo tomamos consciência do tempo. Nas
manhãs o céu é como o mar azul, imóvel. No crepúsculo as cores se põem em
movimento: o azul vira verde, o verde vira amarelo, o amarelo vira laranja, o
laranja vira vermelho e o vermelho vira roxo – tudo rapidamente. Ao sentir a
passagem do tempo nos apercebemos que é preciso viver o momento intensamente.
Tempus fugit – o tempo foge – portanto, carpe diem – colha o dia... (Rubem Alves)